quinta-feira, 13 de junho de 2013

                                            +|Collapse|+                                                  

       Você deve estar se perguntando: Porque Collapse?O que diabos isso tem a ver com caçadores de lendas? Acalmem-se,vou explicar ja!
 
   Esse ai em cima é Collapse (mais pode chama-lo de C se quiser >.<),quer dizer,não é bem o C em foto né,ta faltando algumas coisinhas a mais nele,como o tapa-olho que ele usa no olho esquerdo,as asas,os braços meio curvados como pata de cachorro,e outras coisas...Vamos direto ao ponto que tenho que desligar o computador para ir dormir ,C é um ex-anjo da morte (lembram da postagem ''olhos de um deus da morte?!) que vem me seguindo por causa dos olhos,que por ironia consegui ao nascer,quando C me salvou ao invéz de me levar para a morte...
   Victor,isso é loucura! como você sabe que esse monstro existe? aposto que pensou isso >.<
   Eu sei do C por causa de um amigo medium que tenho,ele me ajudou a ver o C pela primeira vez,e quando o vi,quase morri do coração,foi medo misturado com espanto,fiquei chocado,mas sim,ele estava la na minha frente...Depois disso,C me ajudou a entender como usar os ''olhos da morte'',me mostrou como ver a morte de outras pessoas,me mostrou como destruir a vida de uma pessoa só usando o nome completo e a data de nascimento da pessoa(claro,a data da morte tambem),dentre outras coisas...
Bom,vou indo aqui,tenho que durmir e amanhã leva C para uma festinha da escola :P ,pena que ninguem consegue ve-lo '~',bons pesadelos,fui!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Caso ''shinigami''-parte 2

                 Existência de Deuses da morte                
  O que é um deus da morte? Deuses da morte ,provavelmente,são os seres  ''meio vivos'' mais antigos do planta,mais ainda desconhecidos por 90% do mundo.
  Uma das principais hipóteses é que no começo,os nossos ''Deuses'' comuns(de crenças religiosas atuais e antigas) deixavam  todos os seres vivos permanecerem vivos durante a eternidade,mais,com o passar do tempo,toda a violência e crueldade que os deuses viam,fizeram com que eles acabassem tornando os ''imortais'',novamente mortais,usando nossos deuses da morte para retirar a alma do ser vivo,e leva-lo para o céu,ou inferno quando chegasse a hora.
  Com o passar dos tempos,deuses da morte foram esquecidos pelos grandes Deuses que os humanos veneravam tanto,mais tendo que continuar sua missão de levar almas para o céu ou inferno.
  isso se tornou uma grande chatice,pois imagine,só caminhar ate o céu,ou descer ate o inferno levando uma alma,depois,retornar ao mundo da morte(local esquecido por deus,onde simplesmente os banidos do céu anjos da morte habitavam),sentar e observar os humanos,era pateticamente chato!(para se ter uma ideia,foi chato o suficiente para um anjo da morte desejar a própria morte).Alguns anjos da morte atravessaram os portões do ''grande vazio''(vamos chamar o mundo da morte assim,ok >.<)e foram para a terra,decidindo caminhar entre os vivos,mais ao mesmo tempo,sendo imperceptíveis ,até que,um desses anjos resolveu fazer algo simplesmente proibido...salvou a vida de um humano,isso foi a quebra de uma das suas maiores regras,nunca um anjo ou deus da morte pode salvar a vida de um humano,isso é simplesmente inaceitável!
  Com isso,os humanos salvos teriam a proteção do ''ex-anjo da morte'',que seria expulso de seu ''cargo'' por desobedecer a ordem suprema...Se o humano morresse a partir dali,o anjo também morreria,pois criado um selo forte que liga a alma do anjo com a do humano,levando então ambas as almas para o mundo da morte,e aprisionando-as la,nunca mais podendo voltar a terra,só podendo observa-la (um humano salvo nunca vai para o céu,nem para o inferno),mais se o anjo morrer,ele simplesmente morre,acaba,n existe mais,some de todos os mundos ate aqui ditos.Se o humano salvo abrir mão do poder que ganha do ex-anjo,abrira mão também do anjo,dando a liberdade para ele voltar ao mundo da morte,e escolher outra pessoa para salvar,ou matar (>.<) 




   Vou acabando por aqui,ja ta tarde demais,meu ''anjinho'' precisa dormir,e eu tambem >.< logo volto com a continuação dessa materia que esta se tornando interessante,na proxima,vou explicar mais sobre os poderes adquiridos pelos humanos salvos,mais até la...  
                       Bons Pesadelos!
                        



E quem quiser mais informações sobre nossas matérias,for um fã de caçadores de lendas,quiser se juntas a nosso grande grupo  ou quiser discutir sobre ideias interessantes para pesquisas,me convidem no facebook:https://www.facebook.com/profile.php?id=100005827145668&ref=tn_tnmn


meu nome no face ta: Caio Barbosa De Melo

  

quinta-feira, 2 de maio de 2013

                                                        Olhos da morte                                                                                 
         Sim?sera possível um humano adquirir os olhos de um deus da morte? a resposta é:SIM!                                                                                                                                            
o anime de grande sucesso ''death note'' retrata isso de uma forma diferente da realidade...no anime os olhos de um shinigami(deus da morte) são dados ao humano se ele pagar com metade da vida,mais não é bem assim...os olhos são dados ao humano ao nascer,se ele for salvo por um deus da morte...
Relatos de pessoas que dizem ter os olhos:
''Quando nasci,estava morto,passei mais de 5 minutos sem reações,não respirava,fui declarado morto!depois de alguns segundos inexplicavelmente abri meus olhos,e comecei a chorar naturalmente...''
isso deduz então que essa pessoa que prefere ser anonima,foi salva por um milagre,ou que 1% de chances dele ficar vivo foram o suficiente para se manter vivo,mais não acabou por ai
''...mesmo todos dizendo que eu sobrevivi por milagre,sempre imaginei que havia algo por traz disso tudo,pois mesmo com 1% de chance,era impossível!...''
Isso é intrigante mais ai vem outra coisa,se no death note,um shinigami salva um humano,ele morre!na vida real também?
Na verdade não,se um deus da morte salva um humano,ele perde parte de seus poderes,e cria uma ligação com o humano salvo,sendo assim então,o deus tem que proteger o humano ate a morte dele,e algum dia,quando o humano tiver mais de 13 anos, poderá ver o deus da morte,falar com ele e até pedir ajuda ou algo do tipo...mais tendo a alma selada a alma do humano,o deus da morte(já não podendo ser considerado um deus) morrera junto ao humano
''...Tudo de perigoso que eu iria fazer,alguma coisa me puxava,como se não quisesse que eu me arriscasse ,agora,com 13 anos,ele esta vindo ate mim por meus pensamentos...ele me faz ver tudo aquilo que ja aconteceu com ele,desde que eu nasci,isso me mostra que eu devo minha vida para ele!''
O que os olhos podem fazer?
Na verdade,os olhos não servem para ver o nome de outras pessoas,mais sim o futuro delas...
''Quando eu olho para uma pessoa que vai morrer em breve ou que tem muita intimidade comigo,posso ver o que vai acontecer com ela na hora da morte...mais vale lembrar que eu mesmo não posso ver como vou morrer,só se eu for morrer com algo que planejo fazer,se eu puder evitar,ou se minha morte envolver de muitas outras pessoas...outra coisa,posso ver meu futuro,coisas que vão me acontecer...coisas que vão acontecer com meus amigos, família ou alguém que amo,só posso ver se eu estiver envolvido...''
Realmente inacreditável...vale lembrar que não somente os olhos de um deus da morte podem ser adquiridos,mais também seu raciocínio logico(possivelmente seu cérebro ,sua agilidade,dentre muitas outras coisas que ainda são um mistério no ''caso shinigami''...vale lembrar também que nem todos os deuses da morte são do bem,sendo assim,se você foi salvo por um deus da morte ruim,tem grande chance de se tornar um assassino,ladrão ou outras coisas do gênero(para se tornar isso,n é preciso ter um deus da morte como ''protetor'',só basta querer matar ou gostar)
Como é um deus da morte?
Um deus da morte não possui uma forma especifica,sendo assim,ele pode ser fofo,feio,bonito,aterrorizante ou pode ser somente estranho

 






Pode também deduzir-se que um deus da morte pode assumir a forma que ele quiser,como por exemplo,pode ficar bonitinho para seu ''dono'' e aterrorizante para quem oferece perigo ...







Particularmente,sei que muitos não vão acreditar,pois tenho poucos fatos e não tenho nenhuma prova concreta dessas existências para provar a vocês que estou certo,mais se eu tivesse um deus da morte,queria que ele fosse assim
é a forma mais bonita que ja vi para coisas do genero...é interessante para quem possui um desses deuses,colocar um nome no bichinho ,porque tadinho né.imagina você chamando ele: o coisa feia,vem aqui! ...kkk coitado
outar coisa,deuses da morte se alimentam da energia das pessoas,por isso as vezes,se você tem um deus da morte,vai se sentir muito cansado,fraco e meio indisposto para realizar coisas simples do dia a dia












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meu nome no face ta: Victor Hugo
 
agradeço a todos nossas fãs,obrigado pela atenção ,tenham bons pesadelos,meu nick é: [C]ollapse...agora tenho que ir,meu ''shinigami'' precisa comer =D fui!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

                    Donzela dos olhos negros  


‘’E então, ela veio rápida como o vento, cruel como a morte... ’’

Ouvi boatos que relatavam uma moça, com os olhos totalmente negros, branca e gélida como a neve, uma linda donzela assassina. Seu nome era Jane, ela dizia querer vingança, vingança de alguém que havia, literalmente, roubado seu coração. Acho que muitos já ouviram falar desse caso, li uma carta, em nome de Jane que dizia:

‘’Então, você se acha poderoso não e Jeff?! Bem, você não e o único assassino por aqui. Acho que você se lembra daquela noite em que o grande assassino Jeff tirou o coração da pequena garotinha e observou-a agonizar ate a morte. Bem, a garotinha agora quer vingança do ignorante filho da puta que a assassinou... Então o que acha?Uma alma a menos, lenda contra lenda, demônio contra demônio, só acaba quando algum de nos cair, e acredite, não serei eu que vou cair!

Atenciosamente.
Jane a assassina’’


 

domingo, 3 de fevereiro de 2013

               Caçadores de lendas                               

 Este e nosso mascote,bem ainda n temos um nome para ele mais quando dermos,aviso-lhes.
  Bem,o motivo de eu estar escrevendo hj a vocês e q chegamos a 100 like no facebook.Para comemorarmos isto,criamos o seguinte concurso:Seja um de nós.
quem estiver enteressado,visite-nos no facebook
p.s.: pessa permissão aos seus pais para participar deste concurso(claro q n precisa se for maior de 18 anos)pois ,para ser um de nos,e prciso dedicaçao a pag!e outro motivo da permissao: mesmo sem ganhar nada,isto e um trabalho,queremos q levem isto a serio paara sermos uma das mellhores creepypastas do mudo!
Bem,esta dito,espero q gostem da ideia e se juntem a nos!agora,vou sair pra comer um paozinho com mortadela :P kkk desejo a todos vcs,bons pesadelos
  

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

      Caros caçadores de lendas
   desculpem-me por esse tempo sem postar nada,só estou me ''acertando'' de novo...algumas coisas teem me acontecido ,e n tive tempo para procurar algo,sabem como e ne,volta as aulas,correria,fora o fato de eu ainda ''estar me acertando com a morte''...modo de dizer oks...desculpem mesmo,mais logo vou voltar a vcs com todo o gas de antes,obrigado pela compreençao =D

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

teoria de gaia

A Teoria de Gaia
Hoje , porém, está cada vez mais clara a idéia de que os sistemas complexos que formam um todo orgânico, vivo, possui características próprias, homeostáticas e dinâmicas enquanto conjunto, apresentando características próprias que escapam às qualidades e atributos de cada uma de suas partes constituintes, linearmente conectadas... Ou seja, um organismo, como um todo é algo mais diferenciado e com atributos próprios bem acima da soma de suas partes componentes fundamentais. É assim, num exemplo simples, que dois gases que são muito utilizados na combustão, como o oxigênio e o hidrogênio, quando unidos possuem uma nova característica bem própria que nos permite usa-los para o combate ao fogo, ao formarem a água. Além do mais, nos sistemas orgânicos vivos, a homeostase apresenta-se com características dinâmicas tais que superam o comportamento normal das "máquinas" feitas pelo homem, notadamente quanto ao grau de entropia, ou do crescimento do equilíbrio térmico, que nas máquinas convencionais é percebido pelo desgasta sempre crescente do equipamento, o que leva ao fim de sua vida útil, mas que é mantido, ao contrário, em um nível mais ou menos constante nos seres vivos.
Da mesma forma, sistemas vivos são estruturas complexas que exibem características muito próprias, que "emergem" do conjunto formado por elementos possíveis de serem diferenciados. Por exemplo; pessoas e animais são formados por órgãos que são formados por células que, por sua vez, são formadas por vários elementos moleculares, alguns deles extremamente complexos, e estes, por fim, formados de átomos perfeitamente comuns e, em grande medida (senão na sua totalidade), igualmente presentes em todas as espécies de seres vivos. Ora, embora tenhamos a mesmíssima base atômica, ninguém vai dizer que existe uma igualdade funcional entre, por exemplo, uma rosa e um gato, ou entre um carvalho e um homem, muito embora, em essência, a estrutura do código da vida seja basicamente a mesma entre todos eles (o código genético, por exemplo, é escrito com as mesmas "letras" e com a mesma "sintaxe" em todos os seres vivos).
Ora, embora tenhamos um modo de manifestação física bem visível, onde os elementos estão em constante troca - nosso corpo está sempre se renovando é o padrão que advém ou que emerge das estruturas mais elementares, enfim, as características do todo, mais do que seus elementos constituintes, que nos farão reconhecer um homem de outro homem, ou um homem de um chimpanzé, uma sinfonia ou um poema das letras impressas numa folha de papel, etc.
As idéias-chaves que possibilitaram levar-se a sério a dinâmica da organização em si, do padrão como estando muito além das características das partes físicas constituintes, foi um dos maiores marcos da ciência do século XX, similar ao que ocorreu com a idéia de campo de energia, em . Física na segunda metade do século XIX.
Dentre os vários pais desta nova visão sistêmica de mundo, citam-se Ilya Prigogine, na Bélgica, que realizou a ligação fundamental entre sistemas em não-equilíbrio e não-linearidade, como os que constituem as "estruturas dissipativas"; Heinz von Foerster, nos EUA, que montou um grupo de pesquisa multidisciplinar, o que possibilitou inúmeros insights sobre o papel da complexidade na auto-organização dos seres vivos e não vivos; Herman Haken, na Alemanha, com sua teoria não-linear do laser; Ludwig von Bertallanfy, na Áustria, com o seu trabalho pioneiro e seminal sobre a Teoria Sistêmica dos seres vivos e das sociedades, etc.; Humberto Maturana, no Chile, que se debruçou sobre as características fundamentais dos sistemas vivos. Tudo isso sem falarmos do grande desenvolvimento e importância cada vez maior da ciência da Ecologia nos últimos 50 anos, e dos saltos conceituais nas ciências humanas, especialmente na Sociologia, com Michel Maffesoli, e em Psicologia, a partir de Jung.
Foi neste contexto, mais ou menos visível, mais ou menos presente (e em constante atrito com a concepção linear e estritamente mecanicista do paradigma cartesiano então - e ainda - vigente, muito útil à ideologia do capitalismo) que o químico norte-americano James Lovelock fez uma descoberta magnífica, talvez a mais bela do século na área das ciências biológicas, que lhe permitiu formular um modelo surpreendente de auto-organização não-linear, global e ecologicamente sublime, onde todo o planeta Terra surge como sistema vivo, auto-organizador.
As origens da moderna Teoria de Gaia (nome da antiga deusa grega pré-helênica que simbolizava a Terra viva) se encontram nos primeiros dias do programa espacial da NASA (Capra, 1997, p. 90). Os vôos espaciais que começaram na década de 60 permitiram aos homens modernos perceberem o nosso planeta, visto do espaço exterior, como um todo integrado, um Holos extremamente belo.... Daí as primeiras palavras dos astronautas serem de deslumbramento e emoção, muito longe do linear e frio linguajar técnico-científico presente nas operações de pesquisa e de lançamento dos veículos espaciais. Todos nós lembramos das poéticas palavras de Yuri Gagarin: "A Terra é azul"... Pois bem, esta percepção da Terra em toda a sua poética beleza, foi uma profunda experiência espiritual, como muitos dos primeiros astronautas não se cansaram de dizer, mudando profundamente as suas concepções e seu modo de relacionamento com a Terra. De certa forma, este deslumbre foi o passo inicial do resgate da idéia muito antiga da Terra como um organismo vivo, presente em todos as culturas e em todos os tempos (Capra, obra cit., p. 90; Campbell, 1990; Eliade, 1997).
Posteriormente, a NASA convidaria James Lovelock para ajudá-la a projetar instrumentos para a análise da atmosfera e, conseqüentemente, para a detecção de vida em Marte, para onde seria enviada uma sonda Viking.
A pergunta capital para Lovelock, dentro deste contexto, era: "Como podemos estar certos de que o tipo de vida marciano, qualquer que seja ele, se revelará aos testes de vida baseados no tipo de vida terrestre, que é o nosso referencial?". Este questionamento o levou a pensar sobre a natureza da vida e como ela poderia ser reconhecida nas suas várias possibilidades.
A conclusão mais óbvia que Lovelock poderia chegar era a de que todos os seres vivos têm de extrair matéria e energia de seu meio e descartar produtos residuais em troca. Assim, pensando no meio terrestre, Lovelock supôs que a vida em qualquer planeta utilizaria a atmosfera ou, no caso de os haver, os oceanos como o meio fluido para a movimentação de matérias-primas e produtos residuais. Portanto, poder-se-ia ser capaz de, em linhas gerais, detectar-se a possibilidade da existência de vida analisando-se a composição química da atmosfera de um planeta. Assim, se houvesse realmente vida em Marte (por menor que fosse sua chance) a atmosfera marciana teria de revelar algumas combinações de gases características e propícias à vida que poderiam ser detectadas, em princípio, a partir da Terra. Ou, em outras palavras, qualquer planeta, para possibilitar a vida, necessita de um veículo fluido - líquido ou gasoso - para o transporte ou movimentação de componentes orgânicos e inorgânicos necessários à troca de materiais e resíduos resultantes da vida, pelo menos no nível e na dimensão do que se reconhece por vida dentro de nosso atual grau de conhecimento. Este meio fluido deve, portanto, apresentar uma somatória de características básicas.
Estas hipóteses foram confirmadas quando Lovelock e Dian Hitchcock começaram a realizar uma série de análises da atmosfera marciana, utilizando-se de observações feitas na Terra, comparando os resultados com estudos semelhantes feitos na nossa atmosfera. Eles descobriram algumas semelhanças e uma série de diferenças capitais entre as duas atmosferas: Há muito pouco oxigênio em Marte, uma boa parcela é constituída de Dióxido de Carbono e praticamente não há metano na atmosfera do planeta vermelho, ao contrário do que ocorre aqui. Lovelock postulou que a razão para tal retrato da atmosfera de Marte é que, em um planeta sem vida, todas as reações químicas possíveis já ocorreram há muito tempo, seguindo a segunda lei da termodinâmica - a da entropia que já foi exposta acima - e que estabelece que todos os sistemas físico-químicos fechados tendem ao equilíbrio termo-químico, ou de parada total de reações. Ou seja, ao contrário do que ocorre na Terra, há um total equilíbrio químico na atmosfera marciana, não ocorrendo reações químicas consideráveis hoje em dia.
Já na Terra, a situação é totalmente oposta. A atmosfera terrestre contém gases com uma tendência muito forte de reagirem uns com os outros, como o oxigênio e o metano, mas que, mesmo assim, existem em altas proporções, num amálgama de gases afastados do equilíbrio químico. Ou seja, a pesar da contínua reação entre os gases, seus componentes continuam presentes em proporções constantes em nossa atmosfera.Tal estado de coisas deve ser causado pela presença de vida na Terra, já que as plantas (terrestres e aquáticas) produzem constantemente oxigênio, e os outros organismos formam os outros gases, de modo a sempre se repor os gases que sofrem reações químicas. Em outras palavras, Lovelock provou que a atmosfera da Terra é um sistema aberto, afastado do equilíbrio químico, caracterizado por um fluxo constante de matéria e energia, influenciando e sendo influenciada pela vida, em perfeito biofeedback!
Eis as palavras de Lovelock do exato momento de sua descoberta:
"Para mim, a revelação pessoal de Gaia veio subitamente - como um flash ou lampejo de iluminação. Eu estava numa pequena sala do pavimento superior do edifício do Jet Propulsion Laboratory, em Pasadena, na Califórnia. Era outono de 1965, e estava conversando com Dian Hitchcock sobre um artigo que estávamos preparando... Foi nesse momento que, num lampejo, vislumbrei Gaia. Um pensamento assustador veio a mim. A atmosfera da Terra era uma mistura extraordinária e instável de gases, e, não obstante, eu sabia que sua composição se mantinha constante ao longo de períodos de tempo muito longos. Será que a Terra não somente criou a atmosfera, mas também a regula mantendo-a com uma composição constante, num nível que é favorável aos organismos vivos?"
A auto-organização típica dos sistemas vivos, que são sistemas abertos e tão longe do equilíbrio químico postulado pela segunda lei da termodinâmica tão cara aos físicos clássicos como uma lei universal (que, de fato, parece ser para os sistemas físico-químicos fechados), é a base da teoria de Lovelock. É conhecido dos cientistas que o calor do sol aumentou em cerca de 25 por cento desde que a vida surgiu na Terra mas, mesmo assim, a temperatura na nossa superfície tem permanecido praticamente constante, num clima favorável à vida e ao seu desenvolvimento, durante 4 bilhões de anos. A próxima pergunta é: e se a Terra, tal como ocorre com os organismos vivos, fosse capaz de se auto-regular, fosse capaz de manter sua temperatura assim como o grau de salinidade dos seus oceanos, etc? Vejamos o que Lovelock nos diz:
"Considere a teoria de Gaia como uma alternativa viável à 'sabedoria' convencional que vê a Terra como um planeta morto, feito de rochas, oceanos e atmosferas inanimadas, e meramente, casualmente, habitado pela vida. Considere-a como um verdadeiro sistema, abrangendo toda a vida e todo o seu meio ambiente, estritamente acoplados de modo a formar uma entidade auto-reguladora".
Nas palavras de Lynn Margulis:
"Em outras palavras, a hipótese de Gaia afirma que a superfície da Terra, que sempre temos considerado o meio ambiente da vida, é na verdade parte da vida. A manta de ar - a troposfera - deveria ser considerada um sistema circulatório, produzido e sustentando pela vida.... Quando os cientistas nos dizem que a vida se adapta a um meio ambiente essencialmente passivo de química, física e rochas, eles perpetuam uma visão mecanicista seriamente distorcida, própria de uma visão de mundo falha. A vida, efetivamente, fabrica, modela e muda o meio ambiente ao qual se adapta. Em seguida este 'meio ambiente' realimenta a vida que está mudando e atuando e crescendo sobre ele. Há interações cíclicas, portanto, não-lineares e não estritamente determinista".